Ocorreu nesta segunda-feira, 2 de março, no colégio
Aplicação UEL, situado no centro de Londrina-PR, que atualmente encontra-se
fechado por decorrência do estado atual de greve dos professores, o encontro do
PIBID. O debate contou com representantes discentes de todos os PIBID/UEL,
coordenadores, supervisores, representantes da APP para discutir as medidas
prospostas pelo governador, e principalmente, quais seriam as atitudes tomadas
para manter as atividades PIBID na Universidade Estadual de Londrina.
Com a fala inicial, o Professor Carlos Alberto Albertuni, presidente
da CAP e coordenador institucional do PIBID-UEL, enfatizou que o PIBID não está
em greve, que o projeto não parou suas atividades e ainda sugeriu aos bolsistas
do projeto um apoio à greve, participando do cronograma das reuniões, assim
seguindo com o compromisso assumido com a CAPES( Coordenação de Aperfeiçoamento
Pessoal de Nível Superior).
Prosseguindo o debate, as professoras e supervisoras do
curso de música, Luciana e Lúcia, relembraram do passado, a época de discente
durante o governo de Alvaro Dias, atual senador do Paraná, e reafirmaram a
importância de estarem apoiando a greve.
Outro tópico a destacar foi caso da ocupação da ALEP (Assembléia
legislativa do Paraná) que ocorreu pacificamente, não como a mídia veiculou de
maneira errônea. Na 1° ocupação as mulheres dos policiais militares deram apoio
a greve, visto que os próprios policiais não podem entrar em estado de greve, e
na 2° ocupação estavam na linha de frente. Em nenhum momento agrediram os
manifestantes.
É importante ressaltar que a greve não é por aumento salarial,
e sim, pelos direitos já conquistados durante 30 anos de luta. Além de não ser
uma greve ilegal, como tentaram veicular. Esse ano a greve iniciou-se devido ao
‘’pacotaço’’ proposto pelo atual governador. O ‘’pacotaço’’, é um conjunto de
medidas governamentais que visa cortes nos benefícios dos funcionários
públicos, alterações nas previdências estaduais, dentre outras medidas. Sem
contar as atitudes tomadas referentes a estrutura dos centros de ensino público
estadual. Por exemplo, o governo prometeu manter o atual formato da escola, contudo, enviou ao núcleo a ordem de reduzir duas
turmas de uma das maiores escolas de Londrina, o Colégio Vicente Rijo.
O comando de greve da
UEL teve fala do seu representante Professor Kennedy Piau Ferreira, também
coordenador de área do PIBID. Este falou do não pagamento do 1/3 de férias, que
por direito constitucional deve ser pago 4 dias antes dos servidores saírem de
férias, porém não foi cumprido pelo governo. O descaso desse governo com a
educação vai além: há a proposta de implementar o Meta4 – um programa de
computador que roda a folha de pagamento e tira auto gestão universitária.
Portanto, os professores deflagraram greve após sua 2° assembleia.
Franco, estudante de
Filosofia, pibidiano e representante da frente da greve estudantil, questionou
a suposta autonomia universitária dando o exemplo da eleição para reitores que
tem que passar por um aval do governador, e que além disso, tem seus salários
pagos não pela universidade, mas pelo governo. Destacou que os estudantes
apoiam a greve dos professores e servidores, entretanto, a greve estudantil tem
pautas próprias como: o restaurante universitário que está em reforma para sua
ampliação e corre o risco de voltar as aulas com o funcionamento reduzido ou
não funcionar por falta de funcionários; a moradia estudantil que tem 82 vagas
em uma universidade com mais de 15 mil estudantes; o transporte que subiu
recentemente para 2,95 e corre o risco de um novo aumento; entre outras pautas.
Segue o link da página do facebook ''UEL Educa na luta''. Nesta página existem todas as ideologias referentes a greve, todas as informações são reais e demonstram a real situação da greve na Universidade estadual de Londrina.
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