O PIBID é uma iniciativa para o aperfeiçoamento e a valorização da formação de professores para a educação básica. O programa concede bolsas a alunos de licenciatura participantes de projetos de iniciação à docência desenvolvidos por Instituições de Educação Superior (IES) em parceria com escolas de educação básica da rede pública de ensino.Os projetos devem promover a inserção dos estudantes no contexto das escolas públicas desde o início da sua formação acadêmica para que desenvolvam atividades didático-pedagógicas sob orientação de um docente da licenciatura e de um professor da escola.
Objetivos do Programa
- Incentivar a formação de docentes em nível superior para a educação básica;
- Contribuir para a valorização do magistério;
- Elevar a qualidade da formação inicial de professores nos cursos de licenciatura, promovendo a integração entre educação superior e educação básica;
- Inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação, proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem;
- Incentivar escolas públicas de educação básica, mobilizando seus professores como coformadores dos futuros docentes e tornando-as protagonistas nos processos de formação inicial para o magistério; e
- Contribuir para a articulação entre teoria e prática necessárias à formação dos docentes, elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de licenciatura.
Como funciona?
Instituições de Educação Superior interessadas em participar do Pibid devem apresentar à Capes seus projetos de iniciação à docência conforme os editais de seleção publicados. Podem se candidatar IES públicas, comunitárias, confessionais e filantrópicas sem fins lucrativos que oferecem cursos de licenciatura.
As instituições aprovadas pela Capes recebem cotas de bolsas e recursos de custeio e capital para o desenvolvimento das atividades do projeto. Os bolsistas do Pibid são escolhidos por meio de seleções promovidas por cada IES.
Modalidades de bolsa
A Capes concede cinco modalidades de bolsa aos participantes do projeto institucional:
- Iniciação à docência – para estudantes de licenciatura das áreas abrangidas pelo subprojeto. Valor: R$400,00 (quatrocentos reais).
- Supervisão – para professores de escolas públicas de educação básica que supervisionam, no mínimo, cinco e, no máximo, dez bolsistas da licenciatura. Valor: R$765,00 (setecentos e sessenta e cinco reais).
- Coordenação de área – para professores da licenciatura que coordenam subprojetos. Permitida a concessão de uma bolsa para cada subprojeto aprovado. Valor: R$1.400,00 (um mil e quatrocentos reais). - Coordenação de área de gestão de processos educacionais – para o professor da licenciatura que auxilia na gestão do projeto na IES. Permitida a concessão de uma bolsa por projeto institucional. Valor: R$1.400,00 (um mil e quatrocentos reais).
- Coordenação institucional – para o professor da licenciatura que coordena o projeto Pibid na IES. Permitida a concessão de uma bolsa por projeto institucional. Valor: R$1.500,00 (um mil e quinhentos reais).
O II Fórum de Áreas do PIBID no Paraná
Quando o PIBID foi pensado como um programa que deveria privilegiar a escola como um espaço formativo para os futuros professores da educação básica, havia um grande desafio a ser vencido: promover os professores das escolas participantes a autênticos protagonistas das ações formativas executados no âmbito do programa. Desde de 2007, muito temos falado sobre isso, mas pouco temos conseguido avançar, exceto pelo esforço e a persistência de valorosos professores da escola pública que abraçaram com tenacidade o desafio colocado pelo PIBID.
O Fórum de Área surgiu, em 2011, com o objetivo de promover de forma sistemática e orgânica a interlocução entre os professores universitários – os coordenadores de área – e os professores da escola de educação básica -- os supervisores – participantes do programa. Mas essa interlocução não deveria simplesmente repetir a configuração que ela adquire em cada instituição local. Ela deveria, ao contrário disso, ser recortada – e, em seguida, costurada – em torno das áreas de conhecimento, que dão origem às disciplinas nas escolas e às licenciaturas nas universidades. Com o Fórum, foram constituídas, assim, novas coletividades interinstitucionais em torno das áreas de conhecimento. Logo se viu que o complemento natural desses agrupamentos interinstitucionais seriam, inquestionavelmente, as equipes técnicas das secretarias de educação cujas escolas e docentes participam do programa.
Estava assim estruturado o Fórum de Áreas, que logo deveria se converter num potencial aliado das coordenações institucionais do PIBID para, num só movimento, ampliar a sua interlocução com as secretarias de educação e o protagonismo dos supervisores no programa. Na sua primeira edição, em 2011, o Fórum reuniu coordenadores e supervisores do PIBID na UFPR e UTFPR, com a participação de representantes da UEPG e da PUCPR, além das equipes técnicas da SEED-PR e da SME-Curitiba. Já para esta segunda edição, em 2013, o evento terá a participação de todas as 11 universidades do Estado do Paraná participantes do PIBID.
A programação desse II Fórum traz duas grandes novidades. Primeiro, os Grupos de Trabalho (GTs) sobre temas que foram demandados tanto pelos próprios PIBIDs (tais como os instrumentos de avaliação dos impactos do programa e a relação entre PIBID e estágio curricular) quanto pelas secretarias de educação (tais como as escolas de educação em tempo integral e o ensino médio inovador), mas que demonstram um forte potencial para gerar ações conjuntas e integradas entre ambos. Serão 11 GTs, cada qual coordenado por um representante de cada uma das universidades participantes e por um representante das secretarias de educação.
Segundo, o II Fórum contará com uma mesa de debates para a qual estão sendo convidados os pró-reitores de graduação das universidades e os secretários de educação. O tema dessa mesa será o mesmo que foi escolhido como tema central do evento: o papel do PIBID numa política estadual de formação de professores. Espera-se que, ao final, os dirigentes das universidades e das escolas públicas assumam um compromisso em prol de uma política de formação inicial de professores conduzida de forma colegiada pelas secretarias de educação e pelas universidades, com a consequente inclusão do PIBID entre as suas prioridades. Hoje, em virtude da nova formulação da lei 9394, a promoção de programas de bolsas de iniciação à docência não é apenas uma obrigação do governo federal, mas também dos governos estaduais e municipais.
Queremos caminhar, assim, para o conferir ao PIBID o caráter de um grande e autêntico programa institucional, que não pode prescindir das ações locais de seus professores e estudantes, mas que não pode se limitar a elas. Temos que inserir as ações formativas realizadas em cada uma das escolas e universidades participantes do programa em cenários mais amplos, que extrapolem as nossas instituições locais e alcancem instituições mais amplas. Uma política estadual de formação inicial de professores pode ser um dos objetivos a ser perseguidos, se conseguirmos extrair da institucionalização generalizada do PIBID toda o seu potencial. (transcrito do site http://forumpibidpr.blogspot.com.br/ ).