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domingo, 10 de julho de 2011

O Mundo Invisível

Bactérias do gênero Staphylococcus, estão
entre os microrganismos encontradas na pele humana
pelos pesquisadores da Universidade do Colorado .
Com ajuda da microbiologia (ciência que estuda microorganismos), peritos forenses podem em breve ganhar uma nova ferramenta para ajudar a identificar suspeitos de crimes. Um estudo publicado mostrou que as bactérias que vivem na pele humana são 'personalizadas', ou seja, cada indivíduo possui uma composição única de comunidades desses microrganismos. Como essas bactérias podem persistir inalteradas nos objetos manuseados ao longo de dias, é possível identificar indivíduos a partir da ’impressão microbiana’ exclusiva deixada por ele nesses objetos.

Estudos anteriores já haviam mostrado que apenas 13% das bactérias geralmente encontradas na palma das mãos são compartilhadas por duas pessoas. A partir desse dado, pesquisadores da Universidade de Colorado em Boulder (EUA) decidiram investigar se a composição de comunidades bacterianas podia funcionar como uma espécie de ‘impressão digital’ para cada indivíduo.

A análise de teclados e mouses de computadores mostrou que resíduos bacterianos deixados na superfície dos equipamentos eram compatíveis com os microrganismos encontrados na ponta dos dedos de diferentes usuários. O grau de compatibilidade era consideravelmente maior do que em relação a amostras recolhidas da pele de pessoas que não haviam tocado os objetos.

EXISTE DIFERENÇA DE MICROORGANISMOS NAS MÃOS DE UM MESMO INDIVÍDUO?

 Com uma poderosa técnica para detectar a seqüência genética, pesquisadores da Universidade de Boulder, Colorado, determinaram que uma mão típica contém cerca de 150 espécies diferentes de bactérias estabelecidas, indicou o biólogo Noah Fierer, co-autor destes trabalhos.

Segundo os pesquisadores, a palma da mão direita e a da esquerda, na mesma pessoa, compartilham em média apenas 17% das variedades de bactérias. Os 51 voluntários - estudantes da Universidade de Colorado - têm em comum apenas 13% em média das espécies de bactérias que habitam em suas mãos.

O estudo também mostrou que as distintas bactérias não foram afetadas pela lavagem regular das mãos das pessoas estudadas. Enquanto algumas espécies bacterianas eram menos numerosas após a lavagem das mãos, outras eram mais numerosas, levantaram os autores, destacando que lavar as mãos regularmente com um sabão antibactericida é bom para a saúde.

Embora estes pesquisadores tenham identificado mais de 4.700 espécies diferentes de bactérias nas 102 mãos humanas dos 51 participantes do estudo, apenas cinco foram observadas em todas as mãos sem exceção, destacaram.

HOMENS X MULHERES

A palma da mão da mulher tem uma variedade maior de bactérias do que a palma da mão dos homens e todos os indivíduos têm uma quantidade maior de microorganismos do que se pensava até agora, segundo um estudo divulgado nos Estados Unidos.

A quantidade elevada de distintas espécies detectadas nas mãos dos participantes da pesquisa foi uma grande surpresa, assim como o fato de que as mãos das mulheres têm maior diversidade de bactérias que as dos homens.

Os cientistas acreditam que o PH da pele pode desempenhar um papel na maior diversidade bacteriana das mãos femininas, já que os homens têm a pela mais ácida. Pode ser explicado também pelo fato de as mãos do homem e da mulher não produzirem a mesma quantidade de suor, a espessura da epiderme e a produção hormonal também são diferentes entre os sexos. Além disso, as mulheres usam mais frequentemente cremes hidratantes e cosméticos que os homens.

Matéria por: Denise Turini Gonzales Marioto e Kamilla Carneiro Bachstein


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